Texto de Mário Sérgio Baggio, publicado no seu blog, aliás, delícia de se ler, Homem de Palavra.
Hoje tive tempo para escrever e trabalhar, para fechar os olhos e sentir o calor do sol nas pálpebras, para olhar o céu, para me alegrar. Ri um pouco de mim, de minhas manias, e tratei sem demora de criar novos sonhos, para utilizá-los logo mais à noite. Também tive tempo para um salto sem rede na direção do futuro do próximo minuto. Não regateei nem me fiz de rogado: saltei.
Arranjei uns bons minutos para acariciar recordações e pude me sentir rico por ter amado, por ter sido amado, por continuar amando, por perceber que ainda grita no meu peito um coração de baleia.
Pude acrescentar à minha sorte os beijos que dei nas pessoas que amo, aqueles que soprei pelo ar aos que estão longe, aqueles que dei nos que já não estão mais aqui, os que darei nos que ainda vão chegar.
Peguei um ônibus numa avenida qualquer, dei um passeio pela cidade e pensei, senti, olhei, me emocionei, tomei um café sentado numa mesa de calçada, permiti que o trecho de um livro transformasse a maneira como vejo o mundo, as coisas e as pessoas.
Agora vou para a cama, satisfeito por sentir tanto cansaço e torcendo para que amanhã chegue logo e tudo possa começar de novo. Quando colocar minha cabeça no travesseiro, pensarei que, se isso não é felicidade, está muito perto de ser.
P.S.: Mário, para que veja que sou mulher de palavra 🙂
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