Ao falarmos de um profissional, estamos de acordo que a receita do sucesso na carreira de qualquer pessoa inclui ingredientes básicos como formação, competências práticas e um perfil comportamental propício ao desenvolvimento, certo?
E que se a cultura organizacional for favorável, o caminho está aberto a qualquer ascensão profissional, não é?
Então vem a pergunta que não quer calar: quanto do perfil comportamental pode ser um fator crítico na carreira?
Lanço essas questões porque venho observando há algum tempo que além das aptidões técnicas, a comportamental é sem dúvida a que tem tido mais peso em qualquer âmbito da nossa vida, sejamos prestadores de serviços ou funcionários de empresas.
Convido-o a refletir sobre alguns exemplos de atitudes e comportamentos cada vez mais necessários no mundo corporativo. E me atrevo a dizer que igualmente fora dele. Vamos lá?
- Aceitar o fracasso
Ou será que todas as pessoas sempre acertam em tudo? Dar chances para si mesmo de cometer erros é sadio, e aceitar que o plano falhou ou que o objetivo não foi alcançado é uma atitude sábia, coerente tanto com a situação como com a pessoa. Parar, analisar, ver o que deu errado e seguir em frente. E aprender do fracasso. Nem todos os dias estamos dispostos a aceitar que algo não deu certo, mas quando acontece, é de grande ajuda para a saúde mental e física.
- Parar de procurar culpados, e pensar em soluções
Há pessoas que acham mais fácil se desvencilhar de resultados não desejados passando as responsabilidades dos insucessos a outros. A culpa sempre é de outros ou de fatores externos: o mercado, a economia, o trânsito. Assumir quando a responsabilidade for nossa também faz parte do jogo.
- Proatividade
O medo de arriscar leva ao conformismo e o medo de errar, à procrastinação. Quando se espera pelos desafios ou se adia a execução de tarefas complexas, demoradas ou desafiantes, o que se está demonstrando é a falta de uma competência altamente valorizada no mundo laboral: a proatividade.
- Capacidade de adaptação
A palavra da moda é resiliência. O dicionário a define no sentido figurado como “capacidade de superar, de recuperar de adversidades”. No sentido próprio é a “propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação”.
Se o mercado de trabalho é dinâmico e todos queremos driblar de alguma forma a crise financeira mundial, a resiliência não é só uma palavra da moda. Adaptar-se ou morrer nunca foi tão certo.
Conclusão
Essas quatro atitudes e comportamentos usadas em medida conveniente para cada situação são os primeiros passos para aproveitar as oportunidades que aparecem em meio às turbulências do mercado e da economia. Vale para as pessoas que querem alavancar sua carreiras, em vez de decretar o seu fim. Concorda?
Glossário
Dar certo: ter uma solução favorável, funcionar.
Proatividade: capacidade que alguém ou algo tem de fazer com que determinadas coisas aconteçam ou se desenvolvam.
*Remo: gosto especialmente desse esporte, pois me faz pensar nos 4 pontos citados:
- fracasso – remar exige muita coordenação motora, e superar o começo do aprendizado é um grande desafio.
- pensar em soluções – pois como qualquer esporte, o meu desempenho depende em grande parte de mim mesmo, não necessariamente do equipamento.
- proatividade – em equipe ou sozinho, o remo é um esporte de ataque, de atitude, equilíbrio, força de vontade e não desistir nunca.
- resiliência – há dias de vento, de sol, de calor, de frio e de neve. E o remador não vê sentido em parar por causa das condições climáticas. Aí é que entra o trabalho mental, físico e o equipamento adequado para continuar.
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