Quanto tempo sem escrever por aqui, estive um pouco sumida, é verdade.
Só aconteceu uma coisa, e dentro dela tantas outras que vou começar do começo: fui passar férias no Brasil.
Pronto, só com isso já dá pra entender o sumiço.
Como escrevi há uns dias em outro lugar, voltei tão extasiada do Brasil que ainda estou assimilando a experiência.
Uma viagem sempre faz a gente ver a vida sob outra perspectiva, principalmente quando nos integramos e tentamos entender o que o outro sente, como é e como vive. Se pudermos deixar os julgamentos de lado, então, aí a descoberta é em dobro. Eu ainda estou no caminho, vou aprendendo um pouquinho a cada quilómetro.
Fiquei bastante tempo em Sampa, e adorei ver uma cidade amigável, cinza e mais colorida ao mesmo tempo, com vários projetos culturais e humanísticos acontecendo. Vi pessoas de todos as procedências e ideologias.
Vi também uma cidade hostil, cruel, elitista, impiedosa. Dura. SP não é pros fracos.
Sempre digo que o grande valor do Brasil é o brasileiro. Mas a gente não se enxerga… tem que tomar certa distância pra ver o que a gente tem de bom, porque está tão dentro que custa ver.
O brasileiro (e se quisermos, alguma que outra nacionalidade também) não entende o poder que tem de mudar, mas mudar todos os dias. Nada vai adiantar dizer que fulano e cicrano são corruptos, se nós formos corruptos todos os dias. Levamos vantagem sim. E, generalizando, gostamos. É a dança malemolente da pechincha, o chorinho na vitamina, o desconto que tem que ter, o meu amigo que vai facilitar aquele lance.
Ri quando vi o fechamento das Olimpíadas e chorei quando vi a situação política na qual o país se encontra.
Entretanto, o Brasil é uma maravilha, saibamos.
Voltei do Brasil com novas perspectivas, tinha “esquecido” que o brasileiro é esse povo AMÁVEL e GENTIL por natureza, que se comunica com o olhar, que gosta de falar de qualquer coisa a qualquer hora em qualquer lugar. O brasileiro comemora. Às vezes chora, depois ri e continua. Gente resistente. Gente colorida, almas coloridas. Gente diferente. Tão diversa que se estranha com sua pluralidade e multiculturalidade.
Tudo isso sem contar o reencontro com os amigos e família! Isso já é um capítulo à parte!
Para mim essa viagem marca uma nova etapa de novas energias, nova estação, novos sabores, novas possibilidades, temperinho bom e a sensação de renovação, mesmo morando no velho mundo.
O Brasil continua aceso aqui dentro de mim. Dentro deste coração apertado por ter voltado a Madri, e ao mesmo tempo super quentinho por ter ido.
evaarias74
Cristina, que delícia isso que você escreveu 🙂
Bem vinda!!
Cristina Pacino
Você é uma fofa! Obrigada, Eva! Boa semana!